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Mostrando postagens de 2015

FUTEBOL, MENINAS E PALAVRÕES

A seleção feminina de futebol não conseguiu passar pelas australianas e foi eliminada da Copa do Mundo do Canadá nas oitavas de final. Uma pena, porque estava torcendo demais pelo time, apesar da pouca divulgação dos canais abertos e da falta de estrutura no Brasil para a modalidade. O time que representou o Brasil foi composto por Marta - eleita a melhor jogadora do mundo por cinco vezes consecutivas(!); Bárbara, Letícia Izidoro e Luciana (goleiras); Géssica, Mônica Hickmann, Tayla e Erika (zagueiras): Fabiana, Poliana, Rafaelle e Tamires (laterais); Andressa, Formiga e Thaisa (meio campo); Andressa Alves, Maurine, Beatriz, Darlene, Gabi Zanotti, Rosana, Raquel e Cristiane (meia/atacante e atacantes). Parabéns a todas!  ****** ******* ******* A falta de interesse da mídia foi total. Uma pena, pois só com mais divulgação outras meninas podem se interessar pela prática deste esporte tão brasileiro por excelência. A Panini até lançou por aqui o álbum de figurinhas da Copa do Mundo

Barbárie + violência + indignação = luto!!!

Estou há vários dias tentando escrever algo sobre o ocorrido em Castelo do Piauí. A violência é tamanha, a barbárie foi tanta, que mesmo minha indignação é apenas um grão no infinito. Não posso imaginar a dor daquelas meninas; o sofrimento diante de tanta violência. Uma violência que nenhuma MULHER, nenhum ser humano merece passar. A notícia vindo do Nordeste, do Estado considerado o mais pobre da federação, o Estado que tanto amo, demorou para chegar ao Sudeste. Fiquei me perguntando, o por quê?! Não há resposta plausível para esta questão. Qualquer uma é especulação. O apoio a estas meninas - jovens, adolescentes, pobres - é essencial. A vice-governadora do Piaui, Margarete de Castro Coelho, esteve no Hospital no dia seguinte. A ministra da Secretaria de Políticas Públicas publicou uma nota, que reproduzo a seguir: "A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, lamenta profundamente a morte da jovem Danielly R

DEVOLVAM AS NOSSAS MENINAS!!!

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Volto a escrever no blog hoje, 14 de abril de 2015, para lembrar e relembrar não apenas de uma, mas de 200 meninas. A tragédia que abalou a Nigéria completou um ano sem solução. As 200 meninas nigerianas, sequestradas, precisam ser lembradas constantemente e a campanha "Devolvam as nossas meninas" é o clamor de outros poucos que mesmo longe pedem a devolução das meninas nigerianas sequestradas de dentro de uma escola no ano passado. Onde estão as garotas? Onde estão os defensores que nada fizeram para resgatá-las? Todos sabem que elas viraram escravas sexuais. Se sabem disso, não sabem onde estão? Não é possível fazer um resgate????? O diretor regional do Unicef para a África Ocidental e Central, Manuel Fontaine, afirmou que o sequestro de mais de 200 meninas em Chibok é apenas uma das tragédias sem fim sendo replicadas em uma escala épica em toda a Nigéria e a região: “Um número grande de meninos e meninas desapareceram na Nigéria – sequestrados, recrutados por grupos

Claudia, você não será esquecida

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Nos últimos dias foram tantas as notícias importantes envolvendo as mulheres que ficou difícil trazer para o blog as melhores para comentá-las. Uma delas diz respeito a Lei do Feminicídio, sancionada no último dia 09 de março de 2015, pela presidenta Dilma Rousseff, que tentará punir com mais rigor os assassinos de mulheres. A lei altera as punições que podem variar de 12 a 30 anos de prisão e pode aumentar em um terço se o crime acontecer durante a gestação ou nos três primeiros meses posteriores ao parto. Não será tarefa fácil. No dia 10, apenas um dia da lei sancionada Michelli Martins Nogueira, comissária de bordo, foi encontrada morta dentro de uma mala. O principal suspeito, o marido. Mas ele não poderá ser punido, tendo em vista que foi encontrado morto em casa, enforcado. Triste, muito triste. O Brasil continua figurando na lista dos países que mais matam suas mulheres. Na próxima segunda-feira, 16 de março, o Brasil tem obrigação de se lembrar de outro assassinato

“Pelo fim do machismo e da misoginia em universidades”

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Reproduzo aqui no blog a Nota de Repúdio que foi publicada pel@s colegas da Universidade Federal de Goiás com a foto do cartaz que anunciava a festa e que deu origem ao repúdio. As engenharias e outros cursos “tradicionalmente” com maior presença de homens precisam rever seus conceitos e as meninas que ingressam nestes cursos precisam ficar mais atentas: “ REPÚDIO a calourada da Universidade Federal de Goiás organizada por estudantes de engenharia, onde mulheres ganham open bar caso forem de saia ou vestido curto para a festa. Todas nós sabemos o quanto assédios sexuais em festas de faculdades são frequentes, além de seus frequentes trotes abusivos, e esse tipo de propaganda apenas perpetua a violência sexual contra a mulher e dissemina a objetificação feminina. É uma pena que em pleno século XXI organizadores de tais tratem mulheres como iscas em noitadas e dê recompensas dependendo da roupa da qual ela utiliza. Pelo fim do machismo e da misoginia em universidades ”. Disc

A bunda, o cérebro e a cerveja!

Mulher objeto em pleno século XXI. É assim que muitos nos vêm, nós, as mulheres. Um objeto que podem fazer o que quiser dele e com ele. Continuamos a assistir mulheres sendo vítimas de vários tipos de violência, alguns chegando ao homicídio destas mulheres. Tal ato costuma receber um nome bonito: crime passional. Ele está perto de nós; não mais distante. E os números crescem ano a ano. As estatísticas provam que a violência aumentou, apesar do endurecimento da lei. O que está acontecendo? Onde está o erro? Como transformar uma cultura de violência em uma cultura de paz? Como conseguir entender que um homem coloque em seu carro seus quatro filhos e deliberadamente se jogue contra outro veículo para morrer e matar aqueles a quem diz que ama? É difícil entender, justamente porque a sociedade está impregnada de uma cultura violenta, machista, conservadora, que é contraditória por si mesma. Podemos ver isso diariamente em todos os meios de comunicação social, retratando a realidade o