Sim, as mulheres mudarão o mundo
Na semana passada (17/07) publique o texto “As mulheres mudarão o mundo” e falei do combate a violência. Algumas leitoras trouxeram sua opinião sobre a questão as quais agradeço pela importância do assunto.
No texto
de hoje falo sobre educação, especificamente da educação das mulheres. Acredito
que a educação é essencial para proporcionar mudanças a todos – mulheres e
homens. Mas a elas a educação pode trazer outras perspectivas. Percebo isso por
trabalhar e lecionar para um público majoritariamente feminino. A educação foi
essencial na minha vida e é essencial para a vida delas. Tenho consciência de que é um privilégio que
nem tod@s têm, mas temos que insistir e tentar garantir o maior número possível
de mulheres na educação – da básica a superior. A luta pela educação das
meninas é árdua e diária em pleno ano 20 do novo século. Nunca imaginei que
teríamos que brigar por coisas básicas para as mulheres como é o caso da
educação. Isso ocorreu nos séculos XIX e XX.
É
preciso incentivar as meninas em outras funções que não as tradicionalmente
destinadas a elas. É preciso vê-las nas ciências diversas, principalmente exatas
e biológicas assumindo o papel de protagonistas. Nas profissões da área de
humanas já são maioria e agora precisamos trabalhar pela valorização.
A
pandemia que assolou 2020, pode atrasar a vida das mulheres, por isso, é
preciso cuidado e atenção com o que vem pela frente. É preciso atenção nas
mudanças que as universidades estão propondo para entrada em 2021. Até mesmo, o
incentivo ao ensino técnico que ao que parece terá atenção especial, é preciso
cuidado pois isso pode afastar as mulheres.
Nossas conquistas em anos de luta, não podem ser perdidas da noite para o dia ou em uma canetada.
XxxX
Sobre a educação, algumas mulheres que precisamos conhecer:
1) Gertrude Bell (1868-1926), viajante, política, arqueóloga, escritora, fotógrafa. No final do século XIX
e início do XX teve que brigar por sua educação. Sendo de família burguesa
inglesa estudou História em Oxford, o que só foi possível por que o pai
autorizou, e construiu uma história no Oriente que merece ser conhecida. É
conhecida como “Rainha do Deserto” com vasto material publicado sobre a região
hoje conhecida Irã-Iraque e estudada em várias partes do mundo.
2) Prêmio Nobel Malala Yousafzai, 22, concluiu seus estudos universitários recentemente em Oxford (Inglaterra) - filosofia, política e economia. Malala é uma sobrevivente da intolerância e sua história pela educação das meninas precisa ser celebrada sempre. Ela também teve que brigar para estudar. Mas foi contra as lideranças de seu país.
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