O Dia Internacional da Mulher e o Futebol
Até hoje muitas mulheres e homens desconhecem o porquê do Dia Internacional da Mulher. A data não serve apenas para ressaltar as belezas femininas, mas para realmente refletir sobre a situação da mulher no mundo e o que é possível fazer para mudar essa situação. Neste ano, ela completou 100 anos.
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O Esporte Clube Corinthians, de São Paulo, aderiu à Campanha Homens Unidos pelo Fim da Violência www.homenspelofimdaviolencia.com.br e tem divulgado a iniciativa na sua página na internet (http://www.corinthians.com.br/site/). Na semana passada, em São Paulo, os jogadores entraram em campo segurando uma faixa com informações sobre a campanha e o endereço da mesma na internet. Que essa atitude seja a encampada pelos jogadores de futebol daqui para frente.
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Infelizmente, nem todos pensam assim e um jogador de um dos mais importantes clubes do Brasil, com a maior torcida do país, que é dirigido por uma mulher, afirmou que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Gostaria de repudiar tal atitude do jogador e reproduzo abaixo texto que está disponível no site da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. (http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/noticias/ultimas_noticias/not_spm_repudia_comentario_bruno/)
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher a frase "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" do goleiro do Flamengo, em entrevista coletiva, no último dia 6, referindo-se ao seu colega Adriano, jogador do mesmo time, vem simbolizar a cultura machista que queremos ver erradicada do nosso país.
Cultura esta que vemos persistir escondida entre quatro paredes ou exposta pelos meios de comunicação por meio das palavras de um profissional do esporte mais venerado do país e que, portanto, deveria exercer responsabilidade social para com a população brasileira.
O fato lamentável protagonizado pelos atletas do Flamengo exerce um desserviço para todo o esforço que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e seus parceiros, em sete anos de atividades, vem empreendendo para que a mulher tenha oportunidade de viver não sob o domínio e o mando masculinos, mas como protagonista de sua história e dona de sua própria vida.
Uma das maiores conquistas nesse sentido é a Lei Maria da Penha. A partir dela uma briga entre marido e mulher que culmina com violência doméstica - em suas várias formas (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), deve sim, ser tratada como um problema de todos nós, uma grave falta contra o exercício pleno dos direitos da mulher.
Nosso esforço é que a violência doméstica, seja coibida, enfrentada, denunciada. Para isso, oferecemos gratuitamente os serviços da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 que acolhe e orienta vitimas de violência.
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A Fundação SEADE como informamos a semana passada divulgou os dados sobre o emprego feminino em São Paulo. O IBGE, por sua vez, trouxe dados mais completos da situação da mulher trabalhadora no Brasil.
Em virtude do Dia Internacional da Mulher, a Fundação Seade, o Dieese e o Conselho da Condição Feminina elaboraram estudos sobre a mulher no mercado de trabalho. O primeiro estudo, contido no Boletim Mulher &Trabalho, mostra que a taxa de participação das mulheres (proporção em idade ativa que participa do mercado de trabalho como ocupada ou desempregada), na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que em 2008 atingira 56,4%, diminuiu para 55,9%, em 2009. Essa redução da presença feminina no mercado de trabalho ocorreu, principalmente, entre as jovens, as que ocupam a posição de filha no domicílio em que residem, aquelas menos escolarizadas e as negras. A taxa de desemprego total das mulheres diminuiu pelo sexto ano consecutivo, embora com menor intensidade do que nos anos anteriores, passando de 16,5%, em 2008, para 16,2%, em 2009.
O rendimento médio real por hora das mulheres ocupadas aumentou 3,0% e passou a corresponder a R$ 6,17, valor que equivale a 79,8% do atribuído aos homens (R$ 7,73). Já a remuneração média masculina reduziu-se em 1,4%, o que diminuiu a diferença entre os dois rendimentos. Outro estudo avalia a inserção da mulher no emprego doméstico entre 2000 e 2009 na RMSP. Ainda que o setor de serviços seja o principal gerador de empregos femininos, os serviços domésticos são o segundo em importância. Em termos de perfil etário das domésticas, predominam as mulheres adultas, com idade entre 25 e 49 anos, nos dois períodos analisados. Houve, também, o envelhecimento dessa mão de obra, principalmente pela diminuição da parcela de jovens de 18 a 24 anos e pelo crescimento daquela de 50 a 59 anos.
Apesar de não ser predominante, aumentou a participação de trabalhadoras com ensino médio completo ou superior incompleto, acréscimo possivelmente relacionado à prestação de serviços de saúde no domicílio, como as ocupações de babás e cuidadoras, que requerem maior qualificação e escolaridade. Essas ocupações, no total de empregados domésticos, aumentaram de 7,9%, no biênio 1999/2000, para 11,3%, em 2008/2009.
O último estudo avalia o mercado de trabalho doméstico em 2009 nas regiões metropolitanas onde a Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. Os serviços domésticos apareceram como segundo setor que mais ocupou mulheres nas regiões de São Paulo (17,1%), Belo Horizonte (15,2%) e no Distrito Federal (17,0%). As maiores proporções de mulheres que trabalhavam nos serviços domésticos foram observadas em Fortaleza e Recife (18,3%, em cada uma das regiões), enquanto a menor foi verificada em Porto Alegre (13,0%).
As íntegras do Boletim Mulher&Trabalho podem ser conferidas no site
http://www.seade.gov.br/produtos/mulher/index.php
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O IBGE divulgou o trabalho especial Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas, cujo objetivo é apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. As informações usadas provêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)2009, realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O estudo mostra, entre outras coisas, que em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%). Mais informações no site: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1567&id_pagina=1
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Uma cápsula do tempo com um relatório sobre a situação atual da mulher no Brasil foi fechada na segunda-feira, 8, no Rio de Janeiro, para ser aberta daqui a 50 anos. O documento, assinado por ativistas do movimento feminista, foi lacrado na cápsula pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, durante o evento de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no Rio de Janeiro. O objetivo da cápsula do tempo é servir de documento histórico para que as pessoas, no futuro, conheçam a situação atual da mulher no Brasil e possam comparar se houve avanços na igualdade de gênero no país. A cápsula ficará sob a guarda do Arquivo Nacional e será exposta, posteriormente, no futuro Memorial da Mulher Brasileira. (voltaremos ao assunto)
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O Esporte Clube Corinthians, de São Paulo, aderiu à Campanha Homens Unidos pelo Fim da Violência www.homenspelofimdaviolencia.com.br e tem divulgado a iniciativa na sua página na internet (http://www.corinthians.com.br/site/). Na semana passada, em São Paulo, os jogadores entraram em campo segurando uma faixa com informações sobre a campanha e o endereço da mesma na internet. Que essa atitude seja a encampada pelos jogadores de futebol daqui para frente.
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Infelizmente, nem todos pensam assim e um jogador de um dos mais importantes clubes do Brasil, com a maior torcida do país, que é dirigido por uma mulher, afirmou que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Gostaria de repudiar tal atitude do jogador e reproduzo abaixo texto que está disponível no site da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. (http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/noticias/ultimas_noticias/not_spm_repudia_comentario_bruno/)
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher a frase "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" do goleiro do Flamengo, em entrevista coletiva, no último dia 6, referindo-se ao seu colega Adriano, jogador do mesmo time, vem simbolizar a cultura machista que queremos ver erradicada do nosso país.
Cultura esta que vemos persistir escondida entre quatro paredes ou exposta pelos meios de comunicação por meio das palavras de um profissional do esporte mais venerado do país e que, portanto, deveria exercer responsabilidade social para com a população brasileira.
O fato lamentável protagonizado pelos atletas do Flamengo exerce um desserviço para todo o esforço que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e seus parceiros, em sete anos de atividades, vem empreendendo para que a mulher tenha oportunidade de viver não sob o domínio e o mando masculinos, mas como protagonista de sua história e dona de sua própria vida.
Uma das maiores conquistas nesse sentido é a Lei Maria da Penha. A partir dela uma briga entre marido e mulher que culmina com violência doméstica - em suas várias formas (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), deve sim, ser tratada como um problema de todos nós, uma grave falta contra o exercício pleno dos direitos da mulher.
Nosso esforço é que a violência doméstica, seja coibida, enfrentada, denunciada. Para isso, oferecemos gratuitamente os serviços da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 que acolhe e orienta vitimas de violência.
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A Fundação SEADE como informamos a semana passada divulgou os dados sobre o emprego feminino em São Paulo. O IBGE, por sua vez, trouxe dados mais completos da situação da mulher trabalhadora no Brasil.
Em virtude do Dia Internacional da Mulher, a Fundação Seade, o Dieese e o Conselho da Condição Feminina elaboraram estudos sobre a mulher no mercado de trabalho. O primeiro estudo, contido no Boletim Mulher &Trabalho, mostra que a taxa de participação das mulheres (proporção em idade ativa que participa do mercado de trabalho como ocupada ou desempregada), na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que em 2008 atingira 56,4%, diminuiu para 55,9%, em 2009. Essa redução da presença feminina no mercado de trabalho ocorreu, principalmente, entre as jovens, as que ocupam a posição de filha no domicílio em que residem, aquelas menos escolarizadas e as negras. A taxa de desemprego total das mulheres diminuiu pelo sexto ano consecutivo, embora com menor intensidade do que nos anos anteriores, passando de 16,5%, em 2008, para 16,2%, em 2009.
O rendimento médio real por hora das mulheres ocupadas aumentou 3,0% e passou a corresponder a R$ 6,17, valor que equivale a 79,8% do atribuído aos homens (R$ 7,73). Já a remuneração média masculina reduziu-se em 1,4%, o que diminuiu a diferença entre os dois rendimentos. Outro estudo avalia a inserção da mulher no emprego doméstico entre 2000 e 2009 na RMSP. Ainda que o setor de serviços seja o principal gerador de empregos femininos, os serviços domésticos são o segundo em importância. Em termos de perfil etário das domésticas, predominam as mulheres adultas, com idade entre 25 e 49 anos, nos dois períodos analisados. Houve, também, o envelhecimento dessa mão de obra, principalmente pela diminuição da parcela de jovens de 18 a 24 anos e pelo crescimento daquela de 50 a 59 anos.
Apesar de não ser predominante, aumentou a participação de trabalhadoras com ensino médio completo ou superior incompleto, acréscimo possivelmente relacionado à prestação de serviços de saúde no domicílio, como as ocupações de babás e cuidadoras, que requerem maior qualificação e escolaridade. Essas ocupações, no total de empregados domésticos, aumentaram de 7,9%, no biênio 1999/2000, para 11,3%, em 2008/2009.
O último estudo avalia o mercado de trabalho doméstico em 2009 nas regiões metropolitanas onde a Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. Os serviços domésticos apareceram como segundo setor que mais ocupou mulheres nas regiões de São Paulo (17,1%), Belo Horizonte (15,2%) e no Distrito Federal (17,0%). As maiores proporções de mulheres que trabalhavam nos serviços domésticos foram observadas em Fortaleza e Recife (18,3%, em cada uma das regiões), enquanto a menor foi verificada em Porto Alegre (13,0%).
As íntegras do Boletim Mulher&Trabalho podem ser conferidas no site
http://www.seade.gov.br/produtos/mulher/index.php
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O IBGE divulgou o trabalho especial Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas, cujo objetivo é apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. As informações usadas provêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)2009, realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O estudo mostra, entre outras coisas, que em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%). Mais informações no site: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1567&id_pagina=1
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Uma cápsula do tempo com um relatório sobre a situação atual da mulher no Brasil foi fechada na segunda-feira, 8, no Rio de Janeiro, para ser aberta daqui a 50 anos. O documento, assinado por ativistas do movimento feminista, foi lacrado na cápsula pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, durante o evento de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no Rio de Janeiro. O objetivo da cápsula do tempo é servir de documento histórico para que as pessoas, no futuro, conheçam a situação atual da mulher no Brasil e possam comparar se houve avanços na igualdade de gênero no país. A cápsula ficará sob a guarda do Arquivo Nacional e será exposta, posteriormente, no futuro Memorial da Mulher Brasileira. (voltaremos ao assunto)
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