Do lixo ao luxo: a história da Barbie Bailarina

Esta linda Barbie Bailarina foi salva de uma caçamba de lixo. Ganhei-a de presente da minha madrinha Conceição (90 anos) que meio receosa me explicou que a havia retirado do lixo, lavado, tentando recupera-la ao máximo antes de me dar. E se eu não quisesse, ela iria entender... É claro que eu quis! É claro que amei o presente! Não importa de onde ela veio; o que importa é sentido do presente. Quando alguém se lembra que eu gosto de chocolate, de borboletas, de livros, de bonecas etc..., significa que eu tenho um sentido para aquela pessoa. E isso é o mais importante nesta vida. A boneca jogada fora recebeu o carinho que precisava - mais um banho, lavagem dos cabelos e roupas novas. O rostinho ainda ficou com umas manchas que são visíveis, mas os outros problemas que ela tem desaparecem quando olhamos a foto ou mesmo ela ao vivo. Afinal, esta roupa linda que ela está usando deixo-a glamorosa.
Quando histórias assim acontecem, me lembro de Toy Story 3. É inevitável. Acompanhei o crescimento do Andy e seu relacionamento com os brinquedos nos três filmes (o aniversário do meu filho de 5 anos teve o filme como tema).  E chorei copiosamente no final - a ponto de não querer mais ver o filme durante algum tempo. Para crescer seria necessário deixar seus brinquedos para trás? A passagem para a vida adulta teria que ser marcada pelo desapego? (questões para a psicologia resolver).
Mas no caso de Andy a transição ocorre e são os próprios brinquedos que resolvem a questão (depois de muito sofrimento, é claro) escolhendo a nova proprietária que de fato iria brincar e cuidar de seus brinquedos. Eles não ficariam guardados, esquecidos ou seriam maltratados pelos  "malvados" (crianças e/ou outros brinquedos). Na vida real, a história é outra.
Mas ao contrário do que muitos pensam, não acumulei todos os brinquedos da infância. Parte também foram dados a outras crianças, mas algumas bonecas ficaram. E quando pensava em dar a alguém havia sempre aquele sentimento de ficar com elas mais um pouquinho... Me orgulho da minha primeira Susi e da primeira Barbie que durante três décadas foram as únicas. Somente há pouco tempo atrás ganharam algumas irmãs.


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PS 1: Quem gosta de bonecas - como é o meu caso - simplesmente gosta. Não importa de onde veio. Ver esta bailarina recuperada do lixo me trouxe uma grande alegria. Só tenho a agradecer minha Madrinha, por que juntas, garantimos mais do que uma reciclagem... E se você que está lendo este texto também tiver alguma boneca encostada ou achar alguma por aí, pode me chamar, podemos, inclusive, trocar bonecas por livros. O que acha?

PS 2: Estou procurando um suporte para ela. No original, ela rodopiava. De repente, alguém tem o suporte...e também quer fazer uma troca.

PS 3: Sobre a coleção Mulher Maravilha, falo outro dia.












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