Crianças sofrem os efeitos mais perversos da fome no Brasil
“Não tem comida todo dia na minha casa. Eu fico chateada, choro, vou em todo canto, mas não tem”, conta a menina. Maria Luzia tem 8 anos, mas parece menor; é sinal da fome que persegue a menina desde que ela nasceu. Por causa da falta de comida, ELA COME BARRO quando está com fome. “É duro a gente ouvir um filho dizer que quer comer e não ter o que dar. Quando eu vejo que não tem, eu já saio à noite para conseguir comida para a manhã”, diz a mãe de Maria Luzia, Claudenice da Silva. Milhões de pessoas sofrem com a fome no Brasil, mas é nas crianças que ela provoca os efeitos mais perversos. Hoje, mais de três milhões de meninos e meninas são desnutridos porque não têm o que comer. São crianças como a Maria Luzia, que não crescem direito e nem conseguem aprender direito – enfim, não conseguem ser crianças como deveriam ser.
Maria Luzia vive com a mãe, o pai e quatro irmãos num casebre em um pedacinho da região semi-árida do Nordeste, onde vivem 9 milhões de crianças pobres. O número de meninos e meninas desnutridos nessa região é quatro vezes maior que no restante do nosso país. Na cidade de Araçoiaba, a maioria das crianças não consegue completar o primeiro ano de vida. “Dependendo da gravidade da desnutrição, a criança tem seqüelas para o resto da vida, como comprometimento metabólico, distúrbios metabólicos, queda da imunidade e conseqüentes infecções”, afirma a pediatra Gilda Gondim. “Será um adulto com retardo no desenvolvimento psíquico e comprometido na sua saúde até o final da sua vida”. [...]
Leia a matéria na íntegra ou assista em Jornal Hoje de 10 de outubro de 2008 (http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL793941-16022,00-CRIANCAS+SOFREM+OS+EFEITOS+MAIS+PERVERSOS+DA+FOME+NO+BRASIL.html)
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