Mulher e Educação - Pesquisa de Minas Gerais

Vejam que interessante está sendo desenvolvido em Minais Gerais por Cristina Serrano: uma pesquisa sobre educação feminina com base em um jornal feminista do século XIX!!!

Tema da pesquisa: ESCOLAS E JORNAIS COMO ESPAÇOS DE EMANCIPAÇÃO FEMININA NO SÉCULO XIX (NOTÍCIAS DA ESCOLA NORMAL NO PERIÓDICO FEMINISTA “O SEXO FEMININO” (CAMPANHA/ MG - 1873)

Autora: CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI (UFSJ)
O presente trabalho tem como objetivo analisar a formação da primeira turma de professoras na Escola Normal de Campanha, a partir das notícias veiculadas sobre a mesma no primeiro jornal feminista brasileiro, ‘O Sexo Feminino’. Editado, em sua primeira fase, a partir de 1873, na cidade sul-mineira de Campanha, pela professora da Escola Normal local e jornalista Francisca Senhorinha da Motta Diniz. Funcionou como um instrumento de disseminação da idéia de emancipação e instrução da mulher no século XIX. Inicialmente, a pesquisa se realizou com um levantamento bibliográfico para o estabelecimento de referenciais teóricos (Homi Bhabha, Benedict Anderson, Deniz Kandyoti, Anne Mc Clintock entre outros). Em seguida, privilegiou-se, como fonte primária, a totalidade dos exemplares disponíveis e microfilmados do citado periódico, bem como a sua caracterização material e catalogação em banco de dados. Por fim, adotou-se o procedimento da análise crítica dessas informações referentes à educação feminina e à Escola Normal local no já referido recorte espaço-temporal. A partir da leitura e análise bibliográfica, bem como do corpus, os resultados nos permitem uma visão mais clara sobre o desenvolvimento da educação feminina, com a implantação da referida Escola Normal, na região sul-mineira, a partir de 1873. Pode-se concluir que o estabelecimento da Escola Normal em Campanha promoveu e impulsionou o desenvolvimento da educação feminina nessa região. Constatam-se, também as diferentes etapas na proposta de educação voltada para o público feminino veiculada pelo periódico. Da inicial recomendação por uma educação meramente orientada pela moral e pela religiosidade e para a formação de mães de família modelo, evolui-se para a conclamação desse público feminino visando a uma educação e instrução mais ampliada através das Escolas Normais. Por fim, observa-se o incentivo para o prosseguimento das mesmas, numa profissionalização através do ingresso no ensino superior.

Comentários

Anônimo disse…
Interessantíssima esta pesquisa. É muito bom saber que há um bom tempo contamos com mulheres, que a frente do seu tempo, lutavam pela igualdade de direitos, batalhavam pelo acesso das mulheres à educação.
Anônimo disse…
1873 - Um jornal feminista! Surpreendente saber que há tanto tempo já circulava um jornal feminista e numa cidade do interior de Minas Gerais.Cabe a nós, mulheres, divulgarmos essa pesquisa, esse jornal, essas iniciativas. Só assim ocuparemos efetivamente o espaço que nos é de direito.
Anônimo disse…
As origens de Franca apresentam ligações com a sul-mineira cidade de Campanha. E o feminismo em Franca também teria algum liame... fica aí a indagação!
Anônimo disse…
Fiquei muito interessada pela temática dessa pesquisa: o espaço ocupado pela mulher não só na educação, mas na imprensa! Ainda hoje batalhamos por nosso espaço com dificuldades, imagine há mais de um século... Descobri que a pesquisadora Cristina Serrano tem levantado muitos dados sobre gênero no Sul de Minas. Precisamos buscar por mais notícias como essa nas mais variadas regiões do nosso país. Parabéns à pesquisadora Cristina Serrano e à divulgadora Soraia Veloso! Vocês fazem a diferença!
Anônimo disse…
Recentemente, assisti a uma instigante palestra proferida pela pesquisadora mineira Cristina Souza Krauss Serrano sobre as "MULHERES DO RIO GRANDE (DA ANTIGA COMARCA DO RIO DAS MORTES) NA VISÃO DE SAINT-HILAIRE" em Poços de Caldas! Vale a pena! Ainda mais quando pensamos que nós mulheres de Franca, somos também mulheres do Rio Grande! Seria maravilhoso que mais e mais pesquisas inéditas como essas que a referida pesquisadora mineira vem desenvolvendo ganhassem ampla divulgação, nos mais variados meios de comunicação. Nós, essas intrigantes e instigantes mulheres do Rio Grande precisamos nos unir e levantar, divulgar a nossa história!
Anônimo disse…
Já assisti a uma apresentação dessa pesquisadora mineira de gênero - CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO -. Realmente ela tem levantado muitos dados históricos relacionados ao tema. E é bom lembrar que nós homens também nos interessamos pelo tema e pela divulgação dos resultados dessas pesquisas.
Anônimo disse…
Mulheres blogueiras, vamos imitar esta feminista que em 1873, editava um jornal, reivindicando os nossos direitos e o fazia circular mundo afora... Parabéns a essa pesquisadora mineira: CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO, que traz à baila essa feminista FRANCISCA DA MOTTA DINIZ! E claro, à blogueira SORAIA VELOSO CINTRA, que descobriu tão importante pesquisa e está ajudando na divulgação! Parabéns a essas três brilhantes mulheres!
Anônimo disse…
Mulheres blogueiras, vamos imitar esta feminista que em 1873, editava um jornal, reivindicando os nossos direitos e o fazia circular mundo afora... Parabéns a essa pesquisadora mineira: CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO, que traz à baila essa feminista FRANCISCA DA MOTTA DINIZ! E claro, à blogueira SORAIA VELOSO CINTRA, que descobriu tão importante pesquisa e está ajudando na divulgação! Parabéns a essas três brilhantes mulheres!
Anônimo disse…
Nunca poderia imaginar um jornal escrito, dirigido por mulher em 1870 numa cidade do interior de Minas. Surpeendente! Poderiam postar mais textos divulgando pesquisas sobre esse interessantíssimo assunto. Gostaria de saber mais sobre esse jornal!
Anônimo disse…
Muito se fala sobre a origem do DIA 8 DE MARÇO - O DIA INTERNACIONAL DA MULHER -

(Dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, como reinvidicação pela diminuição da carga horária diária de trabalho, de 16h para 10h.
Estas operárias que recebiam menos de um terço do salário dos homens foram fechadas na fábrica onde iniciou-se um incêndio.
Cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women"s Trade Union League, associação que tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Cinco anos depois, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque protestando pelo mesmo motivo das operárias no ano de 1857, além de reinvidicarem o direito de voto. Caminhavam sob o slogan Pão e Rosas, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Na Conferência Internacional de Mulheres realizada na Dinamarca em 1910, ficou decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
Esta data, porém, só foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas em 1975.).

Porém aqui no Brasil, pelo que tenho pesquisado nos últimos dias, há uma feminista pioneira, a frente do seu tempo, FRANCISCA SENHORINHA DA MOTTA DINIZ, que precisa ser mais conhecida e mais divulgada.

Parabéns à pesquisadora mineira CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO que em tantos e tantos trabalhos vem fazendo a divulgação dessa importante mulher que tanto batalhou pelos direitos das mulheres desde a década de 70 do século XIX. Eu disse, XIX! Prestemos mais atenção nas nossas grandes mulheres!
Anônimo disse…
Olá Soraia! Fiquei satisfeita em saber que vc tbm pesquisa as produções da D. Francisca! Elas me encantaram durante a pesquisa. Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta se me permite (eu lhe enviei um e-mail, mas vc não respondeu). Vc analisou ou tem informações sobre a Escola Doméstica fundada pela D. Francisca? Desde já obrigada! E parabéns pelo trabalho! Abraços, Bárbara
Anônimo disse…
Faço pesquisas sobre Gênero e Arte. Vale a pena conhecer a produção referente a essa temática desenvolvida por essa pesquisadora mineira Cristina Souza Krauss Serrano. Ela foca em mulheres ligadas a Minas Gerais, ou que nasceram lá, ou que produziram Arte lá, mas abarca um arco temporal bastante amplo. E o destaque para o trabalho dela é a farta citação de fontes, referências. É sempre bom começar pelos trabalhos basilares dela. Flávio Moreira.
Anônimo disse…
Vale a pena conferir um recente trabalho da pesquisadora Cristina Souza Krauss Serrano sobre professoras de Desenho no século XIX em Minas. Estou fazendo essa pesquisa para São Paulo. As dificuldades enfrentadas pelas mulheres para atuarem nessa área do conhecimento.Daniela Rodrigues.
Anônimo disse…
Sou Marcelo Menezes. E tenho acompanhado as interessantes investigações da pesquisadora CRISTINA SOUZA KRAUSS SERRANO sobre Gênero e Arte em Minas Gerais. Vale a pena conferir! Fica aí a dica!
Anônimo disse…
Mais uma mulher cuja biografia está vindo à tona e que é digna de muita observação é a candidata a "Santa": Nhá Chica, filha de escrava, foi destaque em seu tempo e espaço. Chegou aos dias de hoje, o que seria impensável para uma filha de escrava nascida no Oitocentos em Minas! Mais uma mulher, mais uma mulher de Minas, que a pesqusadora Cristina Souza Krauss Serrano nos apresenta! Thiago Chagas Nascimento-São Paulo/SP
Anônimo disse…
Tive acesso recentemente às mulheres artistas mineiras no século XIX. Muito interessante e inovadora mais essa investigação da pesquisadora Cristina Souza Krauss Serrano. Douglas Zimerman

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